Será que você come o suficiente para justificar os
seus ganhos musculares? Entenda um pouco mais sobre alimentação e dicas para
melhorá-la!
Como
sabemos, a alimentação é um dos fatores principais para a vida humana.
Juntamente com outros elementos básicos como o oxigênio, a água, a luz solar, o
nitrogênio etc, ela faz com que a vida possa existir. Mas além de suas funções
básicas como fornecer energia para a vida humana, aalimentação tem
sido utilizada de maneira manipulada para inúmeras outras finalidades tais
quais: Um aumento nas capacidades humanas, uma melhor qualidade de vida,
aumento no rendimento físico (e não precisa nem ser necessariamente esportivo),
entre outros tal qual o que quero tratar hoje: Para finalidades
estéticas.
É
indiscutível que uma nutrição adequada possibilita ao indivíduo
manter-se não só com a saúde em dia, mas, em boa aparência física também. Um
indivíduo sadio, mesmo que em grande parte do tempo sedentário, que se nutri
corretamente, possui menores chances de armazenar excessos em forma de gordura,
porém mantendo níveis aceitáveis e saudáveis da mesma, consegue não obter
sobrepeso gordo, consegue ter pele, cabelo e estruturas físicas boas etc.
Porém, tratando depraticantes de atividade física, essas
necessidades nutricionais são um tanto quanto diferentes e, normalmente maiores
e mais específicas, a depender do indivíduo e de sua individualidade, em
primeiro lugar e depois, de aspectos que envolvem a atividade física em si, o
objetivo e etc.

Quando falamos em hipertrofia muscular,
ou mais precisamente no crescimento muscular, visto que a hipertrofia não é o
único mecanismo para tal, devemos pensar que deva haver diversos estímulos para
que tal aconteça e, de fato há vários:Mecânicos, químicos e hormonais, celulares e uma infinidade deles.
Porém, esses mecanismos só efetivarão seu objetivo caso haja substratos
suficientes para que aconteça, através do que chamarei de “pós-estímulo” e,
entre esses substratos, talvez os mais importantes venham da alimentação.
Se
por um lado, quaisquer atividades físicas programadas (ou seja, planejadas)
demandam maiores quantidades nutricionais, a busca pela hipertrofia através do
trabalho resistido com pesos por outro, apresenta ainda mais necessidades e,
necessidades essas mais específicas ainda. Isso porque, além da maior demanda
energética, ainda deveremos contar com o período de recuperação e então de
supercompensação e sínteses protéicas.
Simplesmente
treinar da maneira mais árdua possível, periodizar corretamente o treino e
descansar adequadamente não será suficiente para alcançar o crescimento
muscular significativo. Para tanto é necessário comer o
suficiente para que isso aconteça. E comer, não só em
termos quantitativos, mas qualitativos também. E aí fica a pergunta: Você tem
comido o suficiente? Adiante seguirão alguns dos cuidados
básicos que devemos ter com a nutrição do praticante de musculação para que o
mesmo possa obter bons ganhos.
#
Você tem comido proteínas suficientes?
As
proteínas constituem o grupo dos macronutrientes que estão em maior quantidade
em nosso corpo. Basicamente formando todas as estruturas do corpo, as proteínas
são fundamentais na alimentação.
Degradadas
em aminoácidos que são limitados, ou seja, existe um número específico de
aminoácidos, esses são os substratos absorvidos e sintetizados pelo corpo que
então formará suas próprias proteínas de acordo com o DNA presente em cada um,
de maneira individual. Isso faz com que, diferente dos aminoácidos, as
proteínas possam existir em uma maior diferenciação.
As
proteínas são responsáveis por, na maioria dos casos serem compostos
anabolizantes, ou seja, de síntese. E isso envolve inúmeros tecidos do corpo,
inclusive o muscular. Sabemos por conseguinte que o consumo protéico adequado é
indispensável para que isso aconteça, principalmente relacionando-o com o
consumo de aminoácidos essenciais, ou seja, que nosso corpo não é capaz de
sintetizar.
Degradadas
e sintetizadas o tempo todo (turn over protéico), faz-se necessário o consumo
freqüente de proteína ao decorrer do dia e, claro, o consumo de fontes de
proteínas diferentes, o que fornecerá uma gama maior e uma diversidade maior de
aminoácidos ao corpo. Portanto, invista na ingestão de proteínas a cada 3h
aproximadamente em quantidades que obedeçam suas necessidades individuais em
termos quantitativos e qualitativos.
Boas
fontes protéicas de alto valor biológico para o praticante de musculação podem
ser: Peito de frango, carnes vermelhas de corte magro, ovos inteiros e claras
de ovos, peixes, peru, queijos magros (Cottage, ricota light), carne de
avestruz, cortes magros de porco, entre outras.
#
Você tem comido carboidratos suficiente?
De
nada adiantará ingerirmos uma quantidade absurda de proteínas, caso não
ingiramos quantidades significativas de carboidratos que possam atender nossas
necessidades.
Os
carboidratos são moléculas energéticas e, as moléculas energéticas que possuem
melhor e mais fácil aproveitamento pelo corpo, justamente pelo tipo de
metabolismo celular que temos. Os carboidratos também são o maior estímulo a
insulina, um hormônio altamente anabólico. (Apesar de que hoje, sabe-se que não
somente eles estimulam a insulina e que a mesma é necessária em quantidades
mínimas para estimular sínteses, entretanto, eles participam de inúmeros
processos envolvidos com o metabolismo num geral, como a síntese de glicogênio
muscular, indispensável pro exercício resistido com pesos).
Desta
forma, para que os processos de síntese possam acontecer, o consumo de
carboidratos é indispensável. Priorize, entretanto, o consumo nos períodos em
que há maior gasto energético (normalmente próximos ao treino), pois, como são
facilmente aproveitados pelo corpo, podem ser também facilmente convertidos em
gordura corpórea.
#
Você está negligenciando os lipídios?
Os
lipídios também são indispensáveis para o corpo humano. Estes, além de
moléculas altamente energéticas, são substratos para a produção de alguns
hormônios (esteróides, em especial) indispensáveis para o praticante de
musculação.
Hoje,
diante de estudos, sabe-se também que os lipídios podem ser utilizados como
energia no corpo humano de forma mais otimizada do que com o consumo primário
de carboidratos. Isso porque, estes são mais dificilmente transformados em
gordura corpórea (por incrível que pareça) e, em alguns casos ainda, auxiliam
na queima de gordura.
Uma
dieta deve conter pelo menos 30% de lipídios para garantir um bom funcionamento
do corpo, sendo 10% destes, em média, de fontes saturadas (exceção de MCTs).
Obviamente, devemos nos importar também com o consumo de lipídios insaturados e
poliinsaturados em, especial um ácido graxo chamado ômega-3 que possui não só
funções IMPORTANTÍSSIMAS no corpo, como também vem apresentando ótimos
resultados perante a sua ergogênese.
#
Você está hidratando-se corretamente?
Um
fator negligenciado por grande parte da população e também por atletas e
praticantes de musculação, é a hidratação. Talvez, pelo corpo manter mecanismos
extremamente eficazes de controle hídrico, visto a importância desse fator,
muitas vezes deixamos de ingerir a quantidade suficiente de líquidos por dia,
em especial água. Além disso, o consumo de água pura, natural, está cada vez caindo
mais, enquanto o consumo de bebidas alcoólicas, por exemplo, sobe.
Os
fluídos presentes no corpo (normalmente contendo água como solvente) possuem
inúmeras funções indispensáveis: Transporte de substâncias, lubrificação de
estruturas, função “anti-impacto” ou de proteção, eliminação de toxinas entre
outros tantos.
O
correto não é necessariamente sentir sede para então ingerir água. A sede é
apenas mais um dos mecanismos de controle de ingestão hídrica, mas pode ser uma
faca de dois gumes: normalmente quando sentimos sede já estamos em um certo
grau de desidratação realmente necessitando de água.
Além
da água em si,tanto a que bebemos em sua forma pura quanto a presente nos
alimentos, presente nas diversas bebidas que ingerimos ao decorrer do dia, o controle
de eletrólitos, como o sódio, o potássio, o cloreto e o cálcio no corpo é
fundamental para garantir esse bom equilíbrio hidroeletrolítrico.
Não
conheço nenhum indivíduo que tenha tido algum tipo de prejuízo e,
principalmente prejuízo sério pelo consumo excessivo de água, entretanto,
conheço inúmeros casos de morte por desidratação ou até mesmo desidratações que
não levaram a morte. Portanto, muitas vezes, neste caso, é melhor pecar pelo
excesso do que pela falta. Cerca de 0,35ml-0,45ml de água por kg corpóreo já
são suficientes, porém, caso você ultrapasse essa quantidade, não teremos lá
grandes preocupações (a não ser em casos específicos de restrição, é claro).
Conclusão:
Comer
adequadamente é fundamental para obter uma boa saúde. Porém, ao praticante
de atividades físicas, essa demanda alimentar é ainda maior e pode se tornar
cada vez mais específica de acordo com a modalidade que o indivíduo pratica e,
claro, de acordo com os fatores de intensidade que a cercam.
Portanto,
para que haja não só um bom desempenho durante a prática de atividade física,
mas, também para que haja uma boa recuperação e obtenção de resultados é mais
do que fundamental equilibrar adequadamente a ingestão de alimentos e líquidos
de forma a otimizar todo esse processo.
A
orientação profissional é também uma ótima dica e muitas vezes fundamental para
obter-se uma precisão em todo o seu trabalho, garantindo sucesso em um prazo
ainda menor de tempo e, da maneira mais saudável possível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário